domingo, 23 de agosto de 2009

Um dia de mil anos

Este é o meu favorito, mostrei-o à minha professora de português do 10º ano e a única coisa que conseguiu corrigir foi uma virgula!!! Espero que gostem :)

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Embarco em profunda escuridão de mísero sentimento prescrito, de palavras febris e atrozes que me embalam com pesadelos perecíveis. Caio, inacabavelmente, no mais profundo sortilégio mortal que os teus lábios ditam. Olhos sangrados pela ira e tirania incessável do teu coração outrora puro… Impossível conter tais lágrimas de mil anos apedrejados, por cederes ao Mal que definha o nosso Mundo. Preterível a tal sofrimento, renego aqui, em sentença de morte declarada por mim, às maravilhas de todo um Mundo que contigo levas condenadas.
Pereço, por mais ínfimo desejo e tristeza em mim concebida, e relembro… relembro a vida como um dia sonhara existir.
Pérfido ente amaldiçoado pelo sangue impuro das tuas veias! Do mundo brotaram dias de sol, dias de prazer, mas, do teu mais obscuro ser, brotou o céu negro, as lágrimas amargas, e o pestilento cheiro que reveste agora a tua pele. Oh! Como apunhalas o coração de eterno cativo apaixonado… Como empardeces o rosto de milhares de criaturas habitantes deste reino.
Despedaças… Despedaças os vales e os rios, as montanhas e os mares, com teus actos inóspitos… Mas mais me despedaças a mim, que num dia de mil anos me condenaste ao teu berço de rancor.
Declaro agora, e descubro o manto que protege o teu nome, dizendo quem realmente és: És o Mal que o mundo merece enfrentar, és a sentença de morte de um mundo imperfeito, do qual nascerá um novo… Mais feliz, mais honesto, mais pacífico…
Tu és… o Anjo da Morte!

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